Nos dias 18 e 19 de abril, duas escolas de Santa Maria/RS foram contempladas com o projeto “Doador do Futuro – Semeando Esperança”. Na terça-feira, às intervenções teatrais ocorreram na Escola Estadual de Ensino Médio Cilon Rosa, às 8h15 e às 10h. Ao todo, cerca de 280 alunos assistiram ao espetáculo.
Já na quarta-feira, às 10h20 e às 19h15, aproximadamente 380 alunos do Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac prestigiaram a trama que conta a emocionante história de André.
Durante a faculdade de cinema, o jovem conheceu três colegas, que se tornaram muito mais do que amigos: uma verdadeira família. O grupo, então, montou uma produtora audiovisual independente e iniciou a produção do seu primeiro filme.
Porém, durante o processo, André foi diagnosticado com leucemia dando início a sua jornada por um transplante de medula óssea.
Para Ruan Silveira Portela, de 17 anos, o espetáculo trata de um tema muito importante, já que, assim como ele, diversas pessoas possuem pouco conhecimento sobre a doação de medula óssea.
O estudante Vithor Padilha, de 15 anos, ressalta que o espetáculo foi muito legal e emocionante, além do teatro ser uma ótima forma de adquirir conhecimento.
“É um projeto muito importante para tirar essa ignorância que possuímos sobre o tema. Uma das cenas que mais me marcou foi o personagem ter recebido o diagnóstico e se perguntar o porquê foi ele”, pontua Vithor.
O projeto é destinado, principalmente, aos adolescentes de escolas públicas, a fim de criar possíveis “doadores do futuro”. Além disso, é inspirado na história de Pietro Albuquerque, filho do fundador do Instituto Pietro.
De acordo com Daiane Marin, diretora da d.marin Planejamento Cultural, o teatro é uma forma lúdica de descomplicar temas difíceis, além de tocar o coração das pessoas com consciência e criatividade.
“Este assunto é pouquíssimo explorado. Precisamos dar vazão à informação que salva vidas”, afirma.
Para conversar com o público adolescente, a Companhia Armazém, grupo de Artes Cênicas de Santa Maria e o diretor Leo Roat, optaram por seguir uma estrutura de espetáculo não convencional.
O diretor destaca que foram criadas 10 cenas que são sorteadas com a ajuda da plateia. Dessa forma, a ordem do espetáculo é decidida pelo público.
“Esse formato possibilitou que a gente trabalhasse um assunto tão delicado, como a doação de medula, através de fatias da vida do personagem principal”, conta o diretor.
Em 2022, a estreia da intervenção aconteceu no Teatro Múcio de Castro em Passo Fundo, no mês de junho. Desde então, 28 apresentações foram realizadas em mais outros três municípios do Estado, sendo eles: Santa Maria, Porto Alegre e Cruz Alta.
Aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e realizado pelo Governo Federal – Brasil União e Reconstrução, o projeto possui patrocínio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e das empresas Gerdau, Zaffari, BSBIOS, Rede de Farmácias São João e Plaxmetal. O apoio é do Instituto Pietro e o planejamento cultural é da d.marin.